quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Reforma política NÂO!!!

7 razões para o Brasil dizer não à reforma política: 1) Existem no Congresso Nacional reformas de natureza mais urgentes à serem debatidas (previdência, universitária etc.), que atingem diretamente o cidadão brasileiro, e não o bolso dos partidos políticos;2) O eleitor será privado do direito constitucional de eleger de forma direta seus representantes no legislativo. Caberá ao partido político enviar um “listão” para o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) contendo os nomes dos candidatos, mas na hora do voto, votaremos apenas na legenda;3) O “listão”de candidatos, aprovado na convenção do partido, servirá como uma “cortina de fumaça” para camuflar “sujeitinhos” indesejáveis por nós eleitores, mas indispensáveis para mover a máquina da corrupção, sendo objeto de acordos nos bastidores;4) Apenas os partidos serão beneficiados com a reforma política, que servirá como um “Kit mordaça”, para prender o parlamentar numa fidelidade partidária unilateral, ou seja, o parlamentar tem que ser fiel ao partido, mas o partido não tem a mesma obrigação para com o parlamentar. Esta medida serve apenas para assegurar que o partido se mantenha estável, eliminando a famosa “dança das cadeiras”, tão tradicional após um pleito eleitoral, evitando que o partido perca receita (dinheiro), cadeiras no parlamento (voto) e tempo de TV (horário gratúito);5) Para mim, como cidadão, a troca de legenda é um direito (O divórcio só ocorre quando o casamento já não está dando certo.), pois a integridade, a honestidade e a transparência do parlamentar não depende do partido que esteja filiado (poucos partidos investem na qualificação de seus candidatos), depende da pessoa física, do parlamentar, apenas quero que meu candidato seja tão íntegro no partido X quanto no partido Y;6) A reforma política prevê uma gradual extinção de alguns partidos que não alcançarem uma cota mínima de parlamentares eleitos, nos levando numa velocidade alta, e sem freios, á um retrocesso histórico que nos levará primeiro à uma enfatização da atual oligarquia partidária (menos partidos comandarão a política nacional), e depois, possivelmente, ao bipartidarismo (Arena e MDB, lembra?), levando os partidos excluídos para a clandestinidade. Ë um cenário de ditadura;7) O financiamento público das campanhas eleitorais, além de tirar dinheiro oriundo de nossos impostos para patrocinar o “carnaval eleitoral”, não garante que os candidatos evitem apoios que lhe “prenderão o rabo” à empresários, mafiosos, crime organizado etc. Apenas torna o Estado numa espécie de “cartola eleitoral”.Agora, com estes sete itens já na ponta da língua, imagine um país onde não temos o direito de eleger-mos diretamente nossos representantes, os partidos escolhem em nosso lugar, e com certeza nos apresentando surpresas desagradáveis. Pare de imaginar! Isto pode acontecer se a reforma política for realizada. A única coisa que deveria ser mudada na estratégia eleitoral, é a extinção da obrigatoriedade do voto (votar é um direito, não é obrigação!), esta medida sim, faria com que o candidato buscasse mais qualificação para si e sua imagem valeria tanto quanto os votos depositados nele voluntariamente.A mesma estratégia usada para apagar anos de conquistas eleitorais, será em breve usada contra os trabalhadores, pois hoje é um Deputado que não será nosso funcionário, e sim um fantoche do próprio partido, e amanhã serão nossos direitos trabalhistas que escoarão pelo ralo da História (através da reforma trabalhista.).Qual será o próximo retrocesso que nos será imposto? TV preto e branco? Cinto de castidade? Censura? Mulher sem o direito de votar? Escravidão?......Só vendo os próximos capítulos do “não vale apena ver de novo.(Emerson Torres - ex militante petista por uma década)

Nenhum comentário:

Postar um comentário